O sentimento homofóbico que permeia os meios sociais deixa rastros de violência e chagas físicas e mentais que ultrapassam as fronteiras racionáveis do sujeito. A escola tem um papel importante nesse processo de erradicação desse sentimento, principalmente por estar bastante envolvida, mas infelizmente ao mesmo tempo, emudecida. Outro olhar nas questões da sexualidade e principalmente da homossexualidade é crucial para pensarmos em vivências dentro da diversidade. Este estudo vem analisar como essa temática é apresentada dentro da literatura infantil em algumas obras publicadas no Brasil e também no exterior, sem fazer uma ordem cronológica e nem quantificar as edições que abordam esse tema, mas analisar como elas são apresentadas para o público infantil e questionar a ausência dessa literatura na escola. A pesquisa é bibliográfica de caráter qualitativa pautada na hipercrítica. Para isso, pretende-se realizar uma abordagem embasada na “arqueologia” de Foucault, na qual existe a necessidade de ver e rever conceitos e concepções herdadas socialmente e politicamente que influenciam nos estereótipos dos sujeitos e que, muitas vezes, determinam chagas preconceituosas, em que a escola não sabe ou não quer falar e ainda, impossibilita a discussão desse assunto para a infância.