Atualmente, a gravidez na adolescência é considerada um problema social e de saúde pública. Apesar de hoje em dia, os jovens em geral terem mais acesso a informações e espaços geradores de discussões sobre gênero e sexualidade, nota-se que ainda há uma precarização no que tange o contato desses jovens, em especial as meninas, com o serviço público e/ou instituição. Neste sentido, nota-se que a adolescência tem sido compreendida como uma fase de maturação e preparação para a maternidade permeada por valores morais. Não obstante, ao analisar historicamente a gravidez na adolescência percebe-se que tal fato nem sempre foi um problema. Desta forma, o presente trabalho visou analisar, através de uma revisão bibliográfica, de que forma a gravidez na adolescência se constitui enquanto um problema, principalmente da ordem do social, bem como investigar quais fatores permaneceram contribuindo para uma normalização do valores referentes ao corpo feminino. Além disso, objetivamos compreender de que forma essas implicações influenciam para a exclusão da adolescente grávida, assim como problematizar o espaço escolar e a família como essenciais no processo de informação sobe questões de gênero e sexualidade.