Este trabalho tem como objetivo observar os fatores sociais, históricos e epistemológicos que acabam predispondo a escolha feminina por áreas de atuação, sobremodo na docência, diferentes das Ciências Exatas, algo que se nota ainda mais acentuadamente nas regiões um tanto alijadas dos grandes centros urbanos.Diante disso, este trabalho surge também com o propósito de repensar o papel da escola e da sociedade na formação dos cidadãos - para a compreensão respeitosa e inclusiva das diversidades de gênero, e a pretexto da necessidade de combate às diversas formas de preconceitos. Para obtenção dos resultados da pesquisa, orientada pela hipótese de que as ciências exatas e a sua docência são ainda massivamente masculinizadas - em razão de anacrônicos preconceitos machistas -, foi elaborado um questionário, contendo perguntas sobre o aprendizado de distintos ramos do saber e a relação direta desse aprendizado com as crenças das e dos estudantes, do 2º e do 3º anos do Ensino Médio da Escola Municipal Anchieta Torres, da cidade de Tuparetama, no Sertão pernambucano, a respeito do que seriam habilidades cognitivas masculinas e habilidades cognitivas femininas.