Sabendo que a teoria psicanalítica de Sigmund Freud propõe três aspectos para a psique humana, sendo eles o Eu, Id e Super-eu, o objetivo deste trabalho é analisar a personagem Hermione Granger, da série Harry Potter, escrita pela autora J. K. Rowling, na elaboração de uma representação do Super-eu, ao mesmo tempo em que verificamos o seu papel enquanto figura feminina no grupo ao qual pertence. Esse estudo, feito através da leitura do livro Harry Potter e a Pedra Filosofal (2000) e da análise de menções escritas da personagem, assume-se como uma pesquisa crítico-interpretativa e também bibliográfica, tomando como suporte as teorias de Freud (2011), Marini (1997) e Corso e Corso (2006) sobre a psique humana e a crítica psicanalítica, e os trabalhos de Zolin (2009), Ximenes (2009) e Brandão (2006) no que diz respeito à temática feminista na literatura. Apesar de o livro ter uma conotação defensora, não apenas em relação ao papel da mulher, mas também a outros preconceitos, concluímos que mesmo que a personagem Hermione tenha sido construída para estar de igual com outras, assumindo um papel indispensável de representação da moralidade, ela ainda é subjugada e dependente das figuras masculinas que fazem parte do grupo em que está inserida.