O presente artigo tem como objetivo discutir, através da análise dos casos da Assembléia de Deus – um modelo de religiosidade mais tradicional – e da Bola de Neve Church – uma proposta de religiosidade mais recente e alternativa –, em Campina Grande, eventuais processos de reconfiguração e de permanência das relações de gênero nas comunidades de fé pesquisadas, destacando as noções de corporeidade e as representações de gênero que nelas circulam, bem como as práticas disciplinares por elas adotadas, entendendo a submissão imposta às fiéis como uma forma de violência de gênero perpetrada ora por meio da linguagem de gendramento dos gêneros, ora mediante tecnologias de poder que conformam a sujeição e a subjetivação dos sujeitos e dos corpos.