Resumo: Este estudo visou à elaboração de novos alimentos utilizando a casca da jabuticaba (Myrciaria cauliflora), visto que é um resíduo gerado pela indústria alimentícia. Além do uso deste subproduto para obtenção de corantes por conta dos seus compostos bioativos, inclui-se também o aproveitamento dos compostos fenólicos e suas propriedades antioxidantes. Buscou-se assim aproveitar a casca da jabuticaba que seria descartada e que possui um alto valor nutricional e funcional, como forma de apresentá-la em um produto mais “rico” para o consumidor final. Isto tem sido uma exigência do mercado que visa investir no desenvolvimento de novos produtos alimentícios funcionais, que têm por objetivo o reforço da dieta através de substâncias que fornecem benefícios adicionais aos da alimentação habitual, podendo reduzir o risco de doenças, além de ajudar na diminuição do impacto ambiental. Neste estudo, foram feitas duas extrações (aquosa e hidrooalcoólica) com a função de acrescentar, a partir do uso destes extratos em novos produtos, nutrientes outras substâncias benéficas à saúde que estão presentes na casca da jabuticaba. O rendimento dos extratos aquoso e hidroalcoólico foram de 85% e 5%, respectivamente. Estes extratos podem ser incorporados em produtos como sorvetes, iogurtes, bolos e até usado para acompanhamento em pratos salgados como as carnes. O extrato aquoso também pode ser utilizado na elaboração de calda e geleia de jabuticaba, conforme também detalhado neste estudo.