Membranas são estruturas delgadas que permitem a separação de fases de uma substância através do transporte de determinadas espécies químicas. A busca por matérias-primas mais viáveis economicamente é, portanto, necessária. Este trabalho tem como objetivo reaproveitar resíduos de tijolos cerâmicos, para conformação de membranas cerâmicas tubulares. As membranas foram produzidas com argila bentonita (5%) e resíduo de tijolo (95%), sendo as mesmas sinterizadas em temperaturas de 750, 800 e 850°C. A massa cerâmica foi caracterizada pelo teste de plasticidade, e as membranas por micrografia eletrônica de varredura (MEV) e porosidade aparente (εA) pelo princípio de Arquimedes. Os resultados mostraram que o teste de plasticidade da composição apresentou um indicie de plasticidade de 12,8%. O MEV evidenciou que a membrana sinterizada a 850°C apresentou maior porosidade. A porosidade aparente das três membranas sinterizadas a 750, 800 e 850°C respectivamente, apresentou-se superior aos 40% recomendados. Os resultados evidenciam boas perspectivas de reaproveitamento desses rejeitos.