Algarobeira (Prosopis juliflora) é uma leguminosa, não oleaginosa arbórea tropical comum no semiárido brasileiro e desenvolve-se em lugares secos, cujo fruto é uma vagem denominada algaroba. As vagens possuem excelente palatabilidade, alto valor energético e são ricas em carboidratos e proteína. Este trabalho teve por objetivo a obtenção e a caracterização química da farinha de algaroba em forno de micro-ondas (FMO), visando estabelecer suas potencialidades como matéria-prima para possível armazenamento da mesma e/ou futura utilização na produção de rações animais e produtos alimentícios. A farinha de algaroba foi obtida por secagem de 30 g de amostras em FMO, com rampa de aquecimento constituída de cinco ciclos de 2 minutos e um ciclo de 1 minuto, totalizando um tempo de 11 minutos na potência de 40%. As vagens de algaroba in natura e a farinha obtida foram submetidas à caracterização química, em triplicata, nos seguintes parâmetros: acidez total titulável (ATT), potencial hidrogeniônico (pH), sólidos solúveis totais (SST), teor de água (TA), resíduo mineral fixo (RMF) e proteína bruta (PB). Os resultados destas análises indicaram teores de TA (15,25 e 8,74%), RMF (3,27, 3,34 %), SST (5,95, 8,06 ºBrix) e PB (6,78 e 8,39%) para vagem de algaroba in natura e farinha de algaroba, respectivamente, destacando, assim, o alto teor de minerais, açucares e de proteínas, que promovem melhor conteúdo nutricional ao alimento. Dessa forma a farinha de algaroba obtida apresentou-se dentro dos padrões constantes na legislação brasileira. Os resultados obtidos neste trabalho permitem concluir que é possível a obtenção da farinha de algaroba obtida em FMO uma vez que a mesma apresenta em sua composição baixo teor de água, uma elevada concentração de açúcares, além de outros nutrientes importantes para o desenvolvimento humano e animal, como seu conteúdo proteico e de minerais.