A inserção da experimentação no Ensino de Química no processo educativo, tem se apresentado como uma estratégia de ensino potencializadora para se promover a aprendizagem dos alunos na construção dos conhecimentos científicos. Nesse sentido, os experimentos não devem ser um mero conjunto de ilustrações, com roteiros prontos e acabados com o propósito de comprovar teorias e conceitos científicos. Pelo contrário, o professor deve dar espaço aos alunos para explanarem suas opiniões a partir das observações feitas nas aulas, fazendo uma conexão entre o senso comum com os conceitos científicos da Química numa perspectiva contextualizada, investigativa e problematizadora. No entanto, apesar do consenso que existe sobre as potencialidades do uso da experimentação por partes dos professores, observa-se que existem divergências entre os profissionais sobre o seu papel na educação básica, bem como os objetivos que se pretende alcançar com o uso desta estratégia. Diante tais questões, o presente trabalho de pesquisa tem como objetivo, analisar as concepções de um grupo de licenciandos concluintes do curso de Química sobre a importância e os objetivos do uso da experimentação no Ensino de Química no contexto da Educação Básica. Trata-se de um estudo de caso, de natureza quali-quantitativa. Para a coleta de dados, foi aplicado um instrumento de coleta de dados baseado na escala de Likert, contendo 14 afirmações, sendo em seguida representados em gráficos e analisados á luz do referencial teórico do objeto de estudo. Os resultados revelam que os licenciandos não apresentam muitas concepções coerentes sobre o papel da experimentação no Ensino de Química, havendo a necessidade de buscarem uma formação continuada, para romper com concepções baseadas no modelo empirista indutivista e contribuir para se promover um ensino de Química a partir do uso da experimentação, numa perspectiva construtivista, problematizadora e investigativa.