O presente trabalho traz como objetivo analisar a escolha pela carreira docente entre os discentes do Curso de Ciências Biológicas na modalidade Licenciatura pela Universidade Federal de Alagoas. Sabe-se a separação entre “teoria” e “prática” foi o problema que mais fortemente emergiu da discussão sobre a formação de professores naquele período. A falta de articulação entre “disciplinas de conteúdo” e “disciplinas pedagógicas” foi considerada um dilema que, assim como, a dicotomia existente entre bacharelado e licenciatura e a desarticulação entre formação acadêmica e realidade prática, contribuiu para o surgimento de críticas sobre a fragmentação dos cursos de formação de professores de Biologia. Nesse sentido, esta pesquisa se baseia na aplicação de questionários aos discentes do curso supracitado. Autores como Carvalho e Gil-Perez (2001), evidenciam que muitos alunos justificam tal escolha a fatores que estão relacionados com esta crise indentitária e a equivocada concepção do que é ser um licenciando podem ser respondidos pelos aspectos alusivos às politicas públicas ou a carência destas. Por sua vez, os dados apresentados neste trabalho corroboram que é possível também inferir que a partir dos resultados dessa pesquisa, a trajetória acadêmica dos discentes é permeada por uma representação não dialógica da docência compartilhada pelos profissionais “faça o que eu digo, mas não faça o que faço“, esta, compartilhada também pela sociedade em geral, que desvaloriza e desprestigia a profissão de professor. Sendo de extrema importância, portanto, a inserção de atividades pedagógicas nas disciplinas técnico-biológicas e no exercício dos docentes.