A sigla DNA vem da origem inglesa que significa “dexirribonuclic acid” que quando traduzida para o português torna-se ácido desoxirribonucleico. O DNA é muito importante na constituição do organismo da maioria dos seres vivos, nele estão contidas todas as informações genéticas do indivíduo. As pectinas consistem em complexos de polissacarídeos estruturais presentes em vários tecidos vegetais, as quais fazem parte de uma variada classe de substâncias denominadas de pécticas. Existem diversos trabalhos que relatam a utilização de diversos vegetais para a extração de DNA. Esse trabalho teve por objetivo propor uma alternativa inovadora para aulas práticas de extração de DNA utilizando uma planta comum do semiárido nordestino, a palma forrageira. Coletou-se um fragmento do cladódio (“raquete”) da palma forrageira, adquirida em uma região rural da cidade de Puxinanã-PB. No momento da extração, retiraram-se algumas amostras da “raquete” e foram depositadas em um béquer de vidro com a adição de 10 ml de água destilada. Para realizar a trituração do material, utilizou-se um aparelho eletrodoméstico denominado mixer, pelo motivo que o aparelho facilita a trituração das amostras de palma. Depois de concluído esse procedimento, o material foi acondicionado em sacos plásticos do tipo “ziplock” e foram adicionados 10 ml da solução extratora de DNA produzida a partir da preparação com 500 ml de água mineral, 30 ml de detergente neutro e 1 (uma) colher de chá contendo cloreto de sódio (sal de cozinha), por um período de 10 (dez) minutos. Depois o material foi submetido à filtração utilizando-se para isso 1 (um) erlenmeyer, 1 (um) funil de vidro e 1 (um) papel de filtro. Após essa etapa, o filtrado obtido no erlenmeyer foi transferido para um tubo de ensaio, onde foi acrescentado na mesma quantidade do filtrado, álcool etílico previamente refrigerado. A adição do álcool no tubo foi feita pelas bordas com o intuito de não ser feita uma mistura brusca de imediato do filtrado com o álcool, onde permaneceu em repouso em uma estante de tubos de ensaio por 10 (dez) minutos. Observaram-se a formação de filamentos de DNA e aglutinados de pectina na fase superior ao DNA. Ambas podem ser distinguidas conforme, pelo fato de que na camada em que se encontra a pectina, esse material apresenta a consistência gelatinosa com presença de bolhas de ar, e no DNA os filamentos aparecem com aparência de uma nuvem esbranquiçada. O cloreto de sódio foi utilizado para que fosse dado ao DNA um ambiente favorável e o álcool foi utilizado para formar uma mistura heterogênea entre a solução salina e o DNA, formando assim, uma aglomeração do mesmo que pode ser visto como uma nuvem de filamentos esbranquiçados. De acordo com os resultados obtidos, constatou-se que foi possível extrair DNA da Palma Forrageira, demonstrando, assim, a possibilidade de fazer a técnica com outras espécies de plantas que não são geralmente utilizadas nesse experimento, no entanto as mesmas são comumente encontradas no semiárido nordestino.