BRASIL, Mikael Lima et al.. . Anais II CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2015. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/17127>. Acesso em: 22/11/2024 18:37
Compreende-se que a educação é um paradigma fundamental para a viabilização da saúde em seu materialismo de construção como direito individual e coletivo dos seres humanos. Nessa linha, a Educação Popular em Saúde (EPS) surge a partir da aproximação entre os saberes científicos e populares para construir uma nova perspectiva de aprendizado que, na concepção da Enfermagem, se coloca como um instrumento potencializador do cuidado. Portanto, tem-se o seguinte objetivo: descrever a viabilização da Educação Popular em Saúde como instrumento político sob a ótica da Enfermagem. Realizou-se uma revisão integrativa de literatura na perspectiva da abordagem qualitativa (FRANCO, 2005) dialogando com o referencial de Paulo Freire a partir de suas contribuições nas obras “Educação e Mudança” (FREIRE, 2013) e “Política e Educação” (FREIRE, 2014). Os resultados apontam que a Enfermagem ao se unir com as camadas populares na construção de saberes pode encontrar uma estratégia política em seu sentido de diminuir desigualdades e considerar a população como sujeitos implicados de suas ações, isto é, atua como facilitadora do controle social. Observar que Educação e Mudança devem estar inter-relacionadas com as práticas de Enfermagem na Educação Popular em Saúde é atrair para o cuidado a dimensão educativa do diálogo e da sistematização de suas práticas. Deste modo, o profissional de Enfermagem pode se considerar na busca, inevitavelmente, da construção de um Quefazer, isto é, AÇÃO e REFLEXÃO para a expressão da práxis libertadora na inconclusão da realidade da Enfermagem e do contexto dos educandos, ou seja, ambos em constante (re)construção.