A matemática e a educação matemática foram ganhando espaço ao serem vista como práticas socioculturais que atendem a cerca das necessidades sociais e políticas. No entanto, são inúmeras discussões e pesquisas no intuito de investigar a relação entre a cultura da matemática escolar, a cultura matemática que o aluno traz para a escola e a cultura matemática produzida pelos trabalhadores. O ensino de matemática que se fundamentava por repetição e a memorização de conteúdos e exercícios numa perspectiva de ensino mecânico, surge uma nova orientação para a aprendizagem focada na realidade do educando. Nessa perspectiva direcionamos nossa pesquisa à Educação do Campo que se diz um processo histórico que vem sendo construído a partir de movimentos sociais, propiciados pela pedagogia da alternância funcionando como um lócus de aprendizagem para os educandos. Desta forma, elegemos como objeto de nossa reflexão o processo sociocultural do ensino-aprendizagem da matemática num olhar de educação do campo percebida num ambiente da Universidade Regional do Cariri – URCA, focada em analisar a atuação e contribuição dos educadores na sua práxis pedagógica, observando o saber/fazer matemático numa dimensão que respondam as necessidades cotidianas de lidar matematicamente com o mundo. O foco principal deste artigo é proporcionar discussões sobre processo de ensino-aprendizagem da matemática à luz do contexto sociocultural e político do curso Procampo-Urca, no intuito de investigar o ensino da matemática pautada pela transformação da realidade social, bem como pela contextualização do conhecimento matemático