O presente trabalho que tem como tema a formação dos educadores ante uma realidade de desprestígio e como objetivo a discussão sobre a postura docente frente à qualificação do ensino se estrutura a partir de uma pesquisa feita em torno dos conflitos existentes na formação dos educadores e sobre a desvalorização da classe docente em uma sociedade gerida pelo capitalismo, bem como o enfrentamento da realidade imposta pela contemporaneidade. Entende-se que tal análise é relevante à medida que proporciona a reflexão sobre alguns aspectos do cotidiano escolar e do exercício do magistério que por inúmeras vezes são compreendidos como naturais quando de fato são produzidos de forma intencional pelo movimento contrário a democratização do saber. Propõem-se para este estudo, reflexões sobre as problemáticas educacionais que envolvem a figura do educador como sujeito substancial no processo de ensino-aprendizagem e sobre as condições de trabalho e formação as quais são subordinados nesse interim. Para a construção deste estudo foi organizada uma pesquisa bibliográfica e entrevistas não diretivas com educadores das séries iniciais do Ensino Fundamental da rede pública. Nessa direção, alguns teóricos foram fundamentais para esse momento da pesquisa, tais como: Libâneo (2001), Pimenta (2005) e Vasconcellos (2001), entre outros. Em vista disso, os resultados obtidos nos permite considerar que o papel social do profissional docente na sociedade contemporânea tem se configurado de forma complexa e laboriosa, pois as lutas da classe são fortalecidas por meio de uma unificação que em muitos casos necessita do rompimento com modelos preestabelecidos.