Este estudo procurou compreender as representações sociais que os docentes possuem dos saberes adquiridos na formação continuada e em que medida o processo de formação continuada possibilita o acesso a esses saberes. Adotou-se como categorias fundamentais formação continuada e saberes. O referencial teórico-metodológico utilizado foi a teoria das Representações Sociais. Participaram vinte docentes de duas escolas da rede municipal do Recife/PE/Brasil e como instrumento de recolha de dados utilizou-se a entrevista semi-estruturada. Os resultados apontam que as representações apresentadas pelos participantes são elaboradas a partir das interações existentes em seus ambientes de convivência, e, dos saberes socializados ao longo da carreira, predominando ainda a perspectiva tradicional; sugerindo assim, para concepções de formação de professores como um manual de instruções com estratégias didáticas padronizadas para lidar com as dificuldades do sistema educacional. A pesquisa revelou ainda que, os docentes, constroem representações, adotam posturas e possuem intencionalidades que vão se identificar com o jogo social instituído, pautando-se de acordo com a pressão das conformidades sociais, confrontos e/ou contradições das instituições. Nesses confrontos, contradições e consensos, o professor constrói seus laços com a escola, os estudantes, a profissão. Neste contexto, há um extenso caminho a ser percorrido para que as formações sejam elas inicial e/ou continuada proporcionem um processo de reintegração docente a fim de, em conjunto, possam refletir e (re)significar de forma eficaz a sua postura para, assim, transformá-la.