o presente artigo propõe desenvolver uma visão transdisciplinar dos estudos de gênero com enfoque no estudo da(s) masculinidade(s), tendo em vista a crise da masculinidade operada pelo movimento feminista. A transdisciplinariedade, utilizada como fonte metodológica, tem seus pilares essenciais fundados na complexidade, na lógica do terceiro incluído e nos níveis de realidade; à medida que a concepção do movimento feminista, exige um olhar integrado entre disciplinas e a análise sob o ponto vista restritivo e reducionista da simplicidade. A proposta de pensar para além das fronteiras da disciplinariedade dissemina o ideal de que o feminismo também produz efeitos positivos para os homens. Assim, tornar o homem parte do projeto do movimento feminista, na condição de terceiro termo, respeitando questões práticas, é possibilitar a quebra do paradigma reducionista de que feminismo é uma luta contra os homens; quando, evidentemente, a luta se opera contra as desigualdades de gênero fixadas pelo patriarcado e reafirmadas pelo machismo.