O presente artigo tem por intuito propiciar a reflexão sobre a contribuição da leitura na vida social do apenado, a partir de amostras de leitura no sistema prisional. Objetiva-se também demonstrar a contribuição da leitura na ressocialização do apenado. Para tanto, buscou-se a contribuição de vários autores como: Onofre (2006/2012), Pilleti (1997), Resendi (1993), Villardi (1999), Rusche (1995), (Freire 1982/1987) dentre outros. No contexto atual, percebe-se cada vez mais a necessidade do domínio da leitura, visto que é essencial na relação da comunicação, principalmente dos atores sociais que estão privados de liberdade, uma vez que, o desenvolvimento dessa habilidade é de suma importância na relação dos apenados com o contexto interno e externo ao da prisão. Todavia, existem entraves na garantia do direito à educação nesse sistema. Este estudo indica a leitura como ferramenta de inclusão, à proporção que amplia a capacidade leitora dos apenados. A metodologia utilizada consistiu, em um primeiro momento na efetivação da revisão literária especializada. Em um segundo momento, revisou-se os aportes legais da Educação de Jovens e Adultos - EJA no sistema prisional. Através deste, ficou claro que a leitura com práticas pedagógicas adequadas no contexto da privação de liberdade fornece ao apenado capacidade de ampliar conhecimentos, proporcionando o desenvolvimento de habilidades, autonomia, conscientização e reintegração ao contexto social.