Artigo Anais II CONEDU

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

O CURRÍCULO MÍNIMO DA SEEDUC-RJ: A PRODUÇÃO DE POLÍTICAS CURRICULARES E PERSPECTIVAS PARA PROFESSORES DE GEOGRAFIA

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      Concluo, por ora que, os docentes de geografia entendem que a proposta curricular não foi difundida em uma forma confortável, e marcada por uma escalada de tensões. As negociações e articulações decorrentes deste processo político e o papel da cultura, do detalhe, do específico das escolas abrem espaços para resignificações e ações híbridas, nesta pesquisa, protagonizadas por professores de geografia.
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Publicado em 14 de outubro de 2015

Resumo

A partir de 2011, a secretaria estadual de educação do Rio de Janeiro elaborou uma proposta curricular denominada como currículo mínimo. Ao longo do processo político de difusão do currículo pela rede, uma série de medidas assumidas pela secretaria foram encaradas como impositivas por sujeitos que operam a práxis docente nas escolas. Como exemplo de tais medidas, que potencializaram as tensões políticas especificamente nas escolas, destacam-se o arroxo na fiscalização das escolas por parte de agências subjacentes à secretaria, além do disparo de portarias legais elaboradas com o objetivo da busca da implementação do currículo. Identificando este cenário de tensões que se estabeleceu entre arenas de produção política e me apoiando numa perspectiva de currículo como produção cultural submetida a situações de conflitos e negociações, busco nesta pesquisa voltar meus esforços em 3 direções. A primeira diz respeito Como a concepção de currículo adotada pela SEEDUC-RJ se tornou um instrumento político na tentativa de controlar processos e procedimentos na rede estadual de ensino. Neste momento, busco a partir de diálogos com referências pós-estruturais, problematizar de que forma a elaboração do currículo mínimo pela SEEDUC-RJ e as medidas vinculadas a ele subsequentes, conflui para potencializar as tensões nas escolas. Numa segunda etapa, todavia, pesquisando o espectro macro de nuances em que a difusão da proposta curricular está embricado, busco problematizar quais foram as estratégias discursivas utilizadas pela secretaria de educação na busca de fixação de sentidos. Nesta etapa, procuro perceber qual foi o discurso da secretaria e como, a circulação de ideias inevitáveis na propagação de um discurso político se desenvolveu num campo específico dos docentes de geografia. Encaminhando uma parte final, porém momentânea, busco no trabalho empírico com professores de geografia analisar como estes docentes percebem a política curricular de secretaria e em muitos casos resignifica o currículo, uma vez que são sujeitos comprometidos com outras demandas e atrelados em contextos sociais muito específicos. Concluo, por ora que, os docentes de geografia entendem que a proposta curricular não foi difundida em uma forma confortável, e marcada por uma escalada de tensões. As negociações e articulações decorrentes deste processo político e o papel da cultura, do detalhe, do específico das escolas abrem espaços para resignificações e ações híbridas, nesta pesquisa, protagonizadas por professores de geografia.

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