O ensino de Biologia é, tradicionalmente efetuado de maneira essencialmente descritiva e restrita ao ambiente formal da sala de aula não instigando o interesse e a habilidade criativa dos alunos. Na Biologia, a temática saúde e sexualidade humana desperta fascínio e curiosidade sobretudo nos adolescentes, porém o que vemos hoje é uma abordagem engessada, repetitiva e presa aos conteúdos programáticos clássicos dos livros didáticos perdendo-se a oportunidade de criar uma discussão produtiva sobre temas transversais relacionados à tal temática tão em voga na sociedade. Visto este panorama, se faz necessário expandir os horizontes do ensino, não o restringindo ao ambiente formal da sala de aula. Dentro desta perspectiva, a produção de feiras de ciências como um modelo de espaço não-formal de educação constitui uma valiosa ferramenta para que os alunos desenvolvam habilidades como a inventividade e o senso crítico, além de construir conhecimento de forma participativa. A utilização de uma mostra de ciências como instrumento para ensino de sexualidade privilegia a relação aluno-aluno, facilitando a ocorrência de diálogos e trocas entre jovens da mesma faixa etária que compartilham os mesmos anseios e dúvidas. No presente trabalho trazemos uma proposta de realização de uma mostra de ciências como estratégia para o ensino de saúde e sexualidade humana para alunos do Ensino Médio e, nossos resultados sugerem que as feiras de ciências constituem uma eficiente ferramenta uma vez que dinamizam o processo de ensino ao estimular habilidades e fomentar o diálogo entre alunos.