Introdução: Atualmente a comercialização de drogas é um problema social e de saúde pública, e sua disseminação através do ambiente escolar tem preocupado os membros do sistema educacional. É de grande importância a atuação nas escolas para o desenvolvimento das atividades de prevenção e a promoção da saúde com uma linguagem mais moderna, a fim de obter mais proximidade com a criança e o adolescente e desse modo, conseguir sensibilizar um maior público para que seja evitado o uso de drogas. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo analisar o conhecimento ou experiência prévia dos participantes, crianças e adolescentes, sobre drogas a partir da educação em saúde e definir a melhor faixa etária para trabalhar a sensibilização da problemática. Metodologia: O desenvolvimento do trabalho ocorreu através do projeto de extensão intitulado “Drogas e suas ações no sistema nervoso” vinculado a Universidade Federal de Campina Grande. Trata-se de uma pesquisa com delineamento transversal, exploratória, descritiva, qualitativa, realizada no período de junho de 2013 a dezembro de 2014, no município de Campina Grande PB. Para a amostra foram selecionadas 3 escolas do ensino infantil e fundamental, das quais foi público-alvo: alunos matriculados, que correspondessem a faixa de 7 a 19 anos de idade. O critério de inclusão para participação do aluno nas atividades do projeto foi de os mesmos estarem presentes nas salas de aula e entregarem o TCLE. A intervenção aconteceu nas seguintes etapas respectivamente: Identificação do alunado e sua faixa etária através de dados fornecidos pela coordenação educacional, aula expositiva com linguagem adequada a tal faixa etária, roda de conversa, vídeos e aplicação de atividades lúdicas. Resultados e discussões: Contemplaram-se 5 turmas, sendo duas do 5º ano, duas do 6º ano e uma do 7º ano, totalizando 104 alunos participantes. Durante a aula expositiva as crianças relataram ter presenciado o uso de drogas ilícitas por terceiros, enquanto muitos adolescentes afirmaram essa vivência ao uso de drogas, principalmente o álcool e cigarro. No relato dos adolescentes, constatou-se que já tinham algum conhecimento a respeito das drogas como os tipos e os efeitos, entretanto quando avaliados os resultados do epítome das crianças, foram vistos mais desenhos pelo motivo de ainda estarem se alfabetizando, nos quais se observaram, em sua maioria, situações prejudiciais quanto ao uso de drogas. Em ambos os casos, a percepção das crianças e adolescentes está associada a características negativas. Conclusão: A maioria do alunado relatou experiências e conhecimento prévio sobre o uso e os tipos de drogas. E deixaram claro o quanto a influência da família, amigos, mídia e o meio em que vivem colaboram diretamente para determinar de que forma irão lidar com as drogas. É interessante que a educação em saúde sobre o uso de drogas seja rotineira entre crianças e adolescentes que frequentam a escola, pois é justamente nesse ambiente que eles podem obter mais informações sobre essas substâncias psicoativas, ajudando-os diretamente nas suas futuras tomadas de decisão.