Na atualidade, para refletir sobre a realidade que perpassa a Educação de Jovens e Adultos – EJA, no contexto das políticas públicas para a educação no Brasil, deve-se levar em consideração as particularidades que distinguem esse coletivo, formado, em sua maioria, por sujeitos que, por motivos diversos, não puderam estudar na idade regular. De acordo com o Documento Base do PROEJA (Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade Educação de Jovens e Adultos), esses indivíduos são marcado pelas múltiplas faces que assume a questão social na contemporaneidade, dentre elas a questão da raça/etnia. Diante desse contexto, propomo-nos refletir sobre a realidade da EJA no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia IFRN, Campus Mossoró. Nesse sentido, utilizamos como caminho metodológico as pesquisas bibliográfica e de campo. Como instrumento para coleta de dados, foi aplicado um questionário aos alunos (79 discentes) regularmente matriculados na EJA do referido Campus. Mediante a pesquisa ora realizada, chegamos à constatação de que os referidos discentes do PROEJA são adultos pardos e negros, que vivenciam a exclusão social, racial, educacional, econômica e digital. É um desafio discutir essa problemática, pois é um objeto de análise ainda incipiente na literatura produzida sobre a EJA.