Este artigo tem como objetivo apresentar e propor reflexões sobre dois importantes documentos da história da educação brasileira: o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932 e o Plano Nacional de Educação (PNE). O estudo faz a apresentação das propostas gerais de ambos os documentos e expõem algumas reflexões sobre os princípios norteadores dos documentos citados, trazendo reflexões e as perspectivas acerca do atual quadro de discussão sobre o PNE enquanto uma política de Estado, fruto das lutas da sociedade organizada. Propomos uma análise à luz dos estudos de Saviani (2008, 2011), Dourado (2011), dentre outros, destacando que o Manifesto de 32 significou uma luta pela implantação da escola pública, leiga e gratuita, e defesa pelo reconhecimento da Educação como problema prioritário e responsabilidade do Estado. Contudo, inúmeras propostas ainda hoje não se concretizaram. Muitas ideias defendidas pelos Pioneiros continuam tendo validade sejam como afirmação de valores, objetivos a serem alcançados ou como orientações para educação. Nesta direção, temos o PNE (2014-2024), Lei Nº 13.005/2014 que traduz a compreensão de que a política educacional deve ser concebida e praticada considerando o pensamento, as reivindicações e os anseios de uma sociedade.