Este artigo emerge do princípio da discussão teórica de gênero e da escola da diversidade, sobretudo, pelo viés da deficiência no contexto escolar. Neste berço, marcam-se processos de preconceitos e diferenças, resultando em práticas sociais que implicam na aceitação e construção identitária das mulheres com Síndrome Berardinelli e, concomitantemente, interage-se e relaciona-se com a comunidade escolar. Tal razão, pela qual se justifica o retrato dessa pesquisa, é pelo fato da Síndrome de Berardinelli ser rara e que, consequentemente, não tem proporcionado discussões no campo antropológico e sociológico da educação, corroborando e inquietando os leitores e produzindo novos conhecimentos acerca da Síndrome. A metodologia escolhida é de cunho qualitativo em um viés de estudo de caso, com preservação dos sujeitos-participantes e exploração das narrativas de suas histórias de vida. O trabalho se desenvolveu com duas mulheres com Síndrome de Berardinelli, residentes nas cidades de Carnaúbas dos Dantas e Currais Novos na região do sertão do Rio Grande do Norte e associadas à Associação de Pais e Pessoas com Síndrome Berardinelli do Estado do Rio Grande do Norte – ASPOSBERN. A pesquisa traz discussões acerca da escola da diversidade no sentido amplo, uma vez que a escola, por ser uma instituição crítica e reflexiva frente a construção de sujeitos capazes de entender e modificar o mundo atual com atitudes, habilidades ou competências, necessita de mudanças que possam favorecer a construção do respeito às diferentes.