Um aspecto do processo de aprendizagem em dança que permite a compreensão desta enquanto linguagem é a composição coreográfica. Não raro, nem de forma intencional, tal prática tem tradicionalmente se fundamentado na utilização de formas pré-fabricadas, sendo exemplo desta assertiva às danças codificadas. Uma abordagem mecânica desta forma de composição acaba por compreender o corpo como um instrumento, uma “máquina”, que se submete a técnica rígida, um determinado fim que lhe é em princípio alheio, de forma que a coreografia se estabelece de fora para dentro dos indivíduos. Este texto é uma exploração teórica acerca do corpo, físico, psíquico e social, no processo de composição coreográfica fundamentada na improvisação, entendida aqui enquanto fenômeno baseado na espontaneidade, assim como seu papel na formação do corpo cidadão.