O período da pós-modernidade em que vivemos é responsável por mobilizar constantemente à sociedade a assumir novas identidades, assim como reelaborar identidades tradicionais pertencentes aos períodos antecedentes. A heterogeneidade de identidades existentes seja no âmbito cultural, étnico, ideológico torna à sociedade contemporânea complexa e marcada por conflitos, pré-conceitos, desigualdades e exclusões. Diante destas questões problemáticas surgiu à proposta de verificar como se dá a relação e aceitação as diferentes identidades oriundas das diversas nacionalidades, a partir da obra cinematográfica de nacionalidade francesa “Entre os Muros da Escola” (2008, dir. Laurent Cantet). O filme analisado retrata o drama vivido pelo professor François Bégaudeau, em uma escola da rede pública de ensino, localizada na periferia da França. Tendo como subsídio teórico: as atitudes impositoras do professor em sala, através de discursos conservadores em MCLAREN (1997); a relação de poder e disciplinamento dos corpos no ambiente escolar em FOUCAULT (1979); a política da resistência contra ideologias dominantes em CARLSON e APPLE (2000); a função da escola na modernidade em Cubberley (1916); as definições de currículo em FORQUIN (1996) e GOODSON (1995); a obra fílmica como testemunha da realidade em FERRO (1992); a relevância do significado da imagem em RANCIÉRE (2012). O filme “Entre os Muros da Escola” nos dar possibilidade de constatar a acentuada negação e intolerância existente com o “diferente” e refletir sobre uma possível mudança na mentalidade em relação a necessidade de respeitar o multiculturalismo na sociedade pós-moderna.