O artigo em questão busca evidenciar como as relações de gênero vem sendo trabalhadas na Educação do campo. Para tanto, faremos uma distinção entre Educação “NO” Campo e Educação “DO” Campo, resgatando seus princípios teóricos e metodológicos oriundos da educação popular freireana, entendendo ainda que a emancipação política dos sujeitos é seu principal fundamento. Dessa forma, evidenciaremos que a autonomia da mulher é tema transversal, que perpassa as temáticas da agroecologia e economia solidária, linguagem e movimentos sociais. A partir da dimensão do trabalho, a Educação no Campo contribui para a superação das desigualdades sociais e a desmitificação da supremacia masculina no espaço rural, e promovendo o empoderamento das mulheres do campo. A análise realizada nos permite tecer algumas considerações quanto o potencial transformador da ação educativa fundamentada na realidade dos educandos, a qual a partir da reconstrução de significados comuns possibilita a instauração da solidariedade e o vislumbre de novos horizontes.