Artigo Anais IV CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

TRANSTORNOS MENTAIS EM IDOSOS: COMO A PRODUÇÃO CIENTÍFICA NACIONAL ABORDA ESSA PROBLEMÁTICA

Palavra-chaves: TRANSTORNOS MENTAIS, IDOSO, REVISÃO Pôster (PO) Doenças Biopsicossociais no Processo de Envelhecimento
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Publicado em 24 de setembro de 2015

Resumo

A saúde mental reflete a capacidade de enfrentamento e controle das tensões da vida, de maneira eficaz, para manter a homeostase emocional. Nesse sentido, os idosos, por terem tido mais experiências com a resolução de conflitos e perdas, parecem gozar de certa vantagem sobre as demais faixas etárias. Entretanto, admitir essa resiliência, não implica em negar a existência de transtornos mentais nesse grupo, haja vista que a própria sobrevivência ao envelhecimento pode culminar na emergência dos problemas de toda uma vida. Assim sendo o presente estudo teve por objetivo analisar como a produção científica nacional aborda a problemática dos transtornos mentais na população idosa. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura, na qual inicialmente foi definida a questão de pesquisa: Como os transtornos mentais têm sido abordados na população idosa? Em seguida foram escolhidas as fontes de pesquisa, quais sejam a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), e a base de dados Scientific Electronic Library Online - SciELO. Utilizou-se como estratégia de busca a associação entre os descritores “Transtornos Mentais” e “Idoso”. Como critério de inclusão foram selecionados artigos publicados durante o período de janeiro de 2010 a dezembro de 2014, que estivessem disponíveis na íntegra e gratuitos, apenas no idioma português, e que atendessem ao objetivo do presente trabalho. Foram excluídos artigos que não fizessem referência aos descritores no título ou que esses não fossem os assuntos principais tratados nos resumos. Ao cabo desse processo resultou em 04 artigos elegíveis. No tocante ao foco de delimitação dos artigos no campo da saúde mental em idosos, dois se voltam aos Transtornos Mentais Comuns (TMCs), um sobre o uso de substâncias psicoativas e outro sobre suicídio. De modo que os objetivos são confluentes em buscarem analisar os fatores psicossociais associados a tais eventos. Os trabalhos mostraram um aumento na prevalência de TMCs para as realidades estudadas, sendo que características sócio-demográficas contribuíam para tal incremento. Quanto ao perfil de idosos atendidos em um CAPS-ad, a maioria tinha baixo nível de escolaridade e era aposentado, cujas drogas de maior consumo informadas foram: álcool, maconha, crack e cocaína. Já sobre o suicídio, foram elencados como fatores de riscos potenciais para a população em análise, a depressão, os transtornos mentais graves, os preconceitos sobre o envelhecimento, o alcoolismo, as automutilações, a impulsividade, relações afetivas fragilizadas e traumas existenciais. Percebe-se que as pesquisas nacionais sobre os transtornos mentais na população idosa ainda são escassas, as quais têm se debruçado sobre um número também reduzido de problemas dessa ordem. Contata-se ainda uma ineficiência dos serviços de saúde para atuar frente a essas demandas, demonstrada pela baixa procura dos idosos aos serviços ou a inabilidade dos profissionais em investigá-las.

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