O crescente índice de contaminação pelo HIV entre a população idosa se dá primordialmente em razão de práticas sexuais sem uso de preservativo, práticas essas que podem estar sendo exercidas com profissionais do sexo; tal comportamento pode os colocar em uma posição de maior vulnerabilidade frente ao vírus. Diante deste contexto, o presente estudo objetiva analisar o uso de preservativo por pessoas idosas residentes em Campina Grande e cidade circunvizinhas, bem como analisar as práticas sexuais e preventivas de profissionais do sexo. Para a análise do uso de preservativo por pessoas idosas residentes em Campina Grande e cidade circunvizinhas, participaram do estudo 74 participantes, com idade igual ou superior a 60 anos, sendo em sua maioria do sexo feminino (75,7%). Utilizou-se para coleta de dados um questionário que continha sessão referente a questões sociodemográficas e outra sessão com questões referentes ao uso do preservativo nas relações sexuais e preocupação em relação à Aids. Para análises das respostas foram utilizadas estatísticas descritiva, de posição e de sua variabilidade. Já da análise das práticas sexuais e preventivas de profissionais do sexo, participaram deste estudo 45 participantes do sexo feminino, que trabalham nos principais pontos da feira central e em cinco bares que funcionam em diferentes bairros da cidade de Campina Grande-PB. Foi utilizado como instrumentos de coleta de dados um questionário fechado, no qual era composto por itens referentes a prática sexual e dados sociodemográficos. Para a análise de dados utilizou-se estatística descritiva e bivariada. Em relação aos idosos, sobre a preocupação em contrair HIV/Aids, numa escala de zero a dez, os participantes pontuaram uma média moderadamente alta de 6,5 (DP=4,2). Os dados indicaram que os idosos pontuaram baixo no que se refere a sua percepção de risco para contrair HIV/Aids, apresentando média de 1,03 (DP=2,4). Quando indagados sobre a sensação de que poderiam ter sido contaminados com vírus da Aids, 92,2% dos participantes afirmaram não ter essa possibilidade de risco. Em relação às profissionais do sexo, verificou-se que a média de clientes atendidos correspondeu a 186 por mês. Os dados ainda demonstram que a principal clientela que utiliza seus serviços são os idosos, correspondendo a 66,7%. Quanto ao uso do preservativo, 45% das participantes relataram que não fizeram uso do mesmo na última relação sexual, o que demonstra a vulnerabilidade dessas profissionais, bem como da clientela que utilizam o serviço, sobretudo os idosos. Diante dos resultados, foi possível concluir que diversos fatores influenciam o processo de exposição ao HIV/Aids, um dos mais relevantes é não se considerar suscetível à contaminação.