Introdução: A fragilidade está associada com a idade cronológica avançada e à doença crônica, mas é uma construção distinta destas condições. A identificação desta complicação em idosos permite a adoção de intervenções para reduzir o risco de desfechos clínicos adversos.
Objetivos: Avaliar a prevalência da síndrome de fragilidade em idosos internados nas enfermarias de um hospital universitário, suas características e fatores associados.
Metodologia: Pesquisa de modelo observacional e transversal, através da aplicação da Escala de Fragilidade de Edmonton e do Tilburg Frailty Indicator (TFI) a idosos internados nas enfermarias de clínica médica, clínica cirúrgica e de infectologia de um hospital público de ensino.
Resultados: Foram avaliados 100 pacientes com média de idade de 71± 8 anos, 61% homens, 56% da classe C e 60% analfabetos. Observou-se elevada prevalência da fragilidade, com 62% pela escala de TFI e 73% pela escala de Edmonton. Os fatores de risco para fragilidade que se correlacionaram com a presença da síndrome foi o número de internações prévias no último ano (p=0,01) e o número de medicamentos (p=0,03). A síndrome de fragilidade não se correlacionou com o diagnóstico principal ou a presença de comorbidades.
Conclusões: Conclui-se que houve elevada prevalência da fragilidade entre idosos internados nas enfermarias de um hospital universitário quando aplicada a escala de Edmonton (73%) e TFI (62%). O fator de risco para fragilidade que se correlacionou com a presença da síndrome nesta pesquisa foi o número de internações prévias no último ano.