A preocupação em estabelecer critérios para diagnosticar os transtornos mentais vem favorecendo e fortalecendo pesquisas epidemiológicas, nas quais se observa que a depressão é uma síndrome bastante frequente e pode causar diversos impactos na vida do indivíduo, incluindo sofrimento e prejuízos ao desempenho social. No entanto, esse quadro se apresenta de forma atípica, pois os sintomas depressivos não são tão aparentes como na depressão em adultos. É importante ressaltar as semelhanças nas sintomatologias de demência e depressão senil, aumentando ainda mais a dificuldade em precisar os diagnósticos. Agravando esse quadro, observa-se frequente coexistência de demência e depressão senil. Além dessa constatação, o autor citado acima afirma que "a Doença de Alzheimer é a causa mais comum de depressão em idosos". Alguns fatores de risco são conhecidos, como sexo e idade. A depressão é até duas vezes mais comum em mulheres que homens, mas sugere que tal discrepância possa ser explicada pelo ambiente e suporte social na maioria das culturas. Metodologia: Estudo do tipo documental descritivo com consulta ao prontuário dos pacientes atendidos pelo serviço domiciliar da operadora de saúde Afrafep. O objetivo de uma pesquisa exploratória é familiarizar-se com um assunto ainda pouco conhecido, pouco explorado. Trata-se de uma modalidade de pesquisa muito específica, pois consiste no estudo profundo e exaustivo de um único objeto. Depende fortemente do contexto do estudo, e seus resultados não podem ser generalizados. Discussão: Na pesquisa dos 130 pacientes atendidos em domicílio foram encontrados em prontuário 115 idosos, desses 12 tem diagnóstico de depressão sendo 08 mulheres, 01 idosa com diagnostico único de depressão e os 11 além da depressão apresentam outras comorbidades tendo como as principais: diabetes, hipertensão, Alzheimer. A depressão é uma doença associada a grande prejuízo psicossocial e físico e alto risco de suicídio. A comorbidade com depressão em pacientes com doenças crônicas (hipertensão, diabetes, cardiopatias) tem efeito adverso, afetando o nível de funcionamento e a qualidade de vida, e dificultando o controle das doenças. A depressão tem sido identificada como fator de risco para a coronariopatia, o infarto do miocárdio, o acidente vascular cerebral e a mortalidade cardíaca. Os estudos referidos à velhice se concentram, em geral, nos aspectos demográficos, socioeconômicos, de seguridade social e de saúde física, deixando de lado a saúde emocional e a riqueza dos sentimentos da pessoa que envelhece. É pois, imperioso que a sociedade de um modo geral, e a medicina psiquiátrica em particular, se aproximem e conheçam a dimensão subjetiva, a problemática da saúde emocional e as potencialidades subjacentes do idoso. Muito pouco se sabe sobre como o idoso percebe a si mesmo e o seu envelhecimento. Isso será apenas mais um passo para estabelecer uma atenção psicológica e rastrear os fatores materiais e sociais que determinam a angústia e a depressão que rodeiam o envelhecimento. É o problema enfrentado pela equipe multiprofissional da Afrafep Saúde que acompanha pacientes em seu domicílio. A necessidade de um especialista em psiquiatria para diagnosticar a depressão nos idosos e adequar um melhor tratamento.