Este relato tem o objetivo de apresentar a experiência de um projeto de extensão de oficinas de introdução à informática associadas ao treino cognitivo, realizadas com idosos de uma Universidade Aberta à Terceira Idade. Participaram 12 idosas com idade média de 61,00 anos (±6,49 anos), cadastrados em um Projeto de Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI). Foram incluídas as idosas alfabetizadas e que tinham disponibilidade de horário para frequentar as oficinas de informática. As oficinas ocorreram em 20 encontros, organizados semanalmente, com duração de duas horas cada, no laboratório de informática. Foram divididas em três ciclos: 1) Informática básica, uso do Microsoft Word e uso do Paint 2) Uso da internet e do Microsoft Power Point. 3) Uso do correio eletrônico e das redes sociais. Ao final de cada encontro os oficineiros preenchiam a ficha de avaliação. No planejamento das oficinas foi adotada a metodologia de treinamento de auto-instrução (tarefas simples para as mais complexas). Os resultados obtidos nas oficinas reiteram que, embora necessitem de mais tempo que os adultos mais jovens, os idosos são capazes de aprender a usar o computador e a navegar pela internet. A experiência promoveu entre as idosas participantes, maior inclusão digital, otimização cognitiva e uma maior descoberta das suas próprias potencialidades em relação ao aprendizado da informática. Propostas e intervenções dessa natureza são importantes, no entanto, ainda são escassas, especialmente as que levem em consideração o funcionamento cognitivo da população idosa, respeitando suas limitações e estimulando suas potencialidades.