A terceira idade constitui um grupo populacional, que traz desafios cada vez maiores aos serviços e aos profissionais de saúde uma vez que as mudanças fisiológicas inerentes ao envelhecimento natural do organismo e na maioria dos idosos o uso de número elevado de medicamentos (polifarmácia), interferem significativamente nos aspectos das particularidades farmacocinéticas, farmacodinâmicas. A prescrição de medicamentos inapropriados, os quais os riscos de seu uso superam seus benefícios, é uma das principais causas de problemas relacionados a medicamentos (PRMs) em idosos. Este trabalho teve como objetivo elaborar uma revisão de literatura a respeito do uso inapropriado de medicamentos em idosos, identificando quais as categorias de fármacos mais utilizados na pratica médica, verificar quais prejuízos acarretados pelo uso inadequado para fornecer à comunidade científica informações atuais a respeito do tema. Foram selecionados artigos publicados nos anos de 2005 a 2015 das bases de dados das bibliotecas virtuais Pubmed, Scielo, Lilacs e Google Acadêmico, utilizando os termos: ‘‘Uso irracional de medicamentos’’, “O idoso e a polifarmácia’’, “Prescrições inadequadas para idosos”, “Os desafios da prescrição geriátrica”. Foram selecionados 18 trabalhos para o estudo, dos quais 33,3% são artigos originais. Dois instrumentos de avaliação de medicamentos potencialmente inapropriados são utilizados: a lista PRISCUS e os critérios de Beers-Fick. Estas destacam que fármacos como Amiodarona, Propafenona, Diclofenaco, Meloxicam, entre outros, são inadequados para consumo por idosos. A maior vulnerabilidade dos idosos a eventos adversos deve-se as enfermidades apresentadas, a necessidade da polifarmácia, e às alterações metabólicas apresentadas pelos idosos no processo de envelhecimento, entre outros. Através da revisão foi possível observar os diversos motivos da vulnerabilidade de pacientes idosos quando expostos aos MPIs, sendo a polifármacia uma das causas do surgimento dos eventos adversos. Medidas preventivas através de palestras educacionais e uma maior atenção por parte de médicos e farmacêuticos na prescrição e continuidade deste uso tornam-se essenciais para redução dos números aqui citados.