O envelhecimento é compreendido como um fenômeno natural e processual que afeta todos os seres vivos e a consequência natural é a morte. Decorrente do envelhecimento, a população traz consigo um volume crescente de doenças crônicas e degenerativas, sendo uma destas a Doença de Parkinson, que se caracteriza como uma afecção crônica e progressiva do sistema nervoso. A Qualidade de Vida do portador da DP pode estar comprometida em várias dimensões, entre elas, física, mental/emocional, social e econômica.
Este estudo teve como objetivo geral: avaliar a qualidade de vida e os comprometimentos apresentados em idosos com Doença de Parkinson que realizam fisioterapia; e como objetivos específicos: traçar o perfil sócio-demográfico e epidemiológico dos idosos participantes da pesquisa; caracterizar os idosos quanto aos comprometimentos relacionados com a DP e relacionar os comprometimentos apresentados com a qualidade de vida dos idosos.
Tratou-se de um estudo de campo, quantitativo, exploratório e de caráter transversal. Foi realizado na Clínica Escola da FCM – CG e no Serviço Municipal de Saúde. A amostra foi composta por 20 idosos de ambos os sexos, com diagnóstico da DP. Foram utilizados como instrumentos para a coleta de dados: um questionário sócio-demográfico e clínico, um questionário para avaliar a qualidade de vida de indivíduos com a Doença de Parkinson (PDQ-39), e o Estadiamento de Hoehn e Yahr Modificado.
Entre os 20 participantes da pesquisa, a idade variou de 60 a 85 anos, com 50% entre 60-69 anos; 60% são do sexo feminino, 65% disseram ser casados, 95% convivem com algum familiar;75% praticam algum tipo de atividade física regularmente e 40% relatam ter uma boa qualidade de sono.Na avaliação da Qualidade de Vida, o PDQ-39 apresentou uma média total de 46,92, sendo o domínio Apoio Social responsável pela maior média, e o Estadiamento de Hoehn e Yahr verificou que 40% dos entrevistados estavam no estágio 3 da Doença de Parkinson, o que implica dizer que já apresentam uma incapacidade de leve a moderada.
Os dados apresentados confirmam a importância da atuação da fisioterapia em Pacientes com Doença de Parkinson, uma vez que todos os participantes da pesquisa referiram melhora tanto nos aspectos físicos, emocionais, como na interação social, aspectos diretamente relacionados à qualidade de vida.