Introdução: A população idosa mundial brasileira encontra-se em ascensão, chegando a aproximadamente 25 milhões de pessoas. Sabe-se que o envelhecimento é um processo com alterações orgânicas e psíquicas, que levam ao surgimento de doenças crônicas não-transmissíveis, como a hipertensão arterial sistêmica (HAS), a qual é responsável direta ou indiretamente por um elevado número de óbitos no mundo moderno, caracterizando-se como a principal causa de morte no Brasil. Dados mostram que no Brasil a prevalência de HAS varia entre 22% e 44% para adultos (32% em média), chegando a mais de 50% para indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em indivíduos com mais de 70 anos. Estudos estimam que a prevalência global da HAS seja de um bilhão de indivíduos, acarretando aproximadamente 7,1 milhões de mortes ao ano no mundo. A HAS é considerada um grande problema de saúde pública devido à sua alta prevalência e ao elevado custo econômico-social. Caracteriza-se por pressão sistólica maior ou igual a 140mmHg e a diastólica maior ou igual a 90mmHg, de forma sustentada, verificada em três aferições, em momentos distintos. Diante disso, esse estudo apresenta como objetivo caracterizar os perfis clínico e epidemiológico dos hipertensos com idade maior ou igual a 60 anos adscritos nas áreas 1, 4 e 6 da equipe I da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) João Rique, situada no município de Campina Grande/Paraíba. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado através de visitas domiciliares nas micro-áreas 1, 4 e 6 assistidas pela equipe 1 da Unidade Básica de Saúde da Família(UBSF) João Rique, em Campina Grande/PB, entre julho e outubro de 2011. A amostra, referente aos usuários que responderam o questionário quantitativo de conteúdo socioeconômico e clínico relacionado à hipertensão, após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, foi de 73 usuários. Os critérios de inclusão: não ser previamente diagnosticado com hipertensão arterial; pertencer apenas às micro-áreas 1, 4 e 6; ter idade igual ou superior a 60 anos. Já os critérios de exclusão foram: ter o diagnostico de hipertensão artéria sistêmica, ter menos que 60 anos ou não ter respondido a todos os quesitos do questionário. O questionário aplicado durante as visitas domiciliares abordavam variáveis: idade, raça, estado civil, escolaridade, renda, tabagismo, alcoolismo, prática de exercícios físicos, e histórico familiar. Além disso, foram aferidas as seguintes variáveis: peso, altura e IMC.