O envelhecimento populacional está acontecendo de forma rápida no Brasil e no mundo. O envelhecer é determinado não só pela cronologia, mas é um processo fortemente afetado pelas singularidades individuais, entre as quais se destacam as práticas alimentares e seus conjuntos de relações, que podem ter consequências sobre a saúde e bem estar de idosos. Realizou-se uma pesquisa longitudinal, quase-experimental com estratégia de campo e amostra por conveniência para avaliar o comportamento alimentar e o bem estar subjetivo de idosas antes e após intervenção sobre a alimentação, utilizando como instrumentos a Anamnese Nutricional, o Questionário URICA e a Escala de Bem-Estar Subjetivo e realizando verificações antropométricas e orientações nutricionais em seis momentos. Foram investigadas 26 mulheres, com 60 anos ou mais, ao longo de todo o procedimento, para as quais foram realizadas intervenções distintas em função de suas necessidades. Os resultados obtidos demonstraram que 58,8% das participantes estavam com sobrepeso e obesidade, a maioria tinha ensino médio ou superior, favorecendo a melhor adesão aos tratamentos propostos. Na primeira consulta, o estágio de pré-contemplação foi o mais evidenciado e os afetos positivos predominaram. Após intervenção verificou-se perda de peso e redução de CC significativas, enquanto o bem-estar subjetivo não revelou alterações. Qualitativamente, a alimentação incrementou o consumo de verduras e legumes e diminuição das gorduras e açúcares diários. Estudos posteriores são sugeridos utilizando outros instrumentos, amostra maior e mais diversificada e acompanhamento das participantes com o intuito de verificar a permanência das mudanças alcançadas quanto à alimentação.