Uma das alterações de saúde mais impactantes, e frequentemente associada ao envelhecimento, é a demência, destacando-se como uma doença progressiva e sem cura, tendo a Doença de Alzheimer (DA) como a mais prevalente. Por sua multiplicidade de sintomas conduz a gradativa perda da autonomia do indivíduo, por isso requer cuidados específicos, representando um novo desafio para o poder público, instituições e profissionais. Quando não conduzida adequadamente resulta em internações. Objetivou-se traçar um panorama das internações brasileiras por Doença de Alzheimer, apresentando um comparativo entre o sexo e a raça mais prevalente, bem como a tendência do agravo na linha do tempo. Estudo epidemiológico com dados do DataSUS, utilizando as variáveis de internações: idade > 60 anos, sexo e raça, no período de 2008 a 2014. Observou-se um comportamento ascendente no número de internações por DA, com uma média mês de 8.8, e média ano de 807. As regiões Sudeste e Sul foram as mais prevalentes. As mulheres apresentaram uma razão de 1.8 para cada homem internado. A raça branca quando comparada a não branca apresentou uma razão de 1.2. Faz-se necessário intensificar ações na formação e preparo de profissionais e cuidadores para identificar precocemente a DA e melhor conduzi-la, afim de diminuir os custos sociais, médicos e financeiros para a família e sociedade.