No Brasil há atualmente cerca de 21 milhões de pessoas idosas e a previsão para 2025 é que esse número aumente para 32 milhões de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Considerando-se que saúde é a manutenção integral das competências intelectuais e físicas atingidas ao longo da vida, o processo de envelhecimento é evidenciado pelas alterações orgânicas, refletindo na diminuição da capacidade de regulação homeostática, levando ao comprometimento corporal de vários fatores intrínsecos, tais como funções executivas, memória e cognição. Os profissionais de saúde devem realizar uma avaliação geriátrica, tendo por objetivos o diagnóstico precoce de problemas de saúde e a orientação para busca de serviços de apoio. Objetivou-se caracterizar os instrumentos utilizados para avaliação geriátrica e a aplicabilidade dessas escalas no Brasil. Trata-se de um artigo informativo desenvolvido a partir do levantamento de estudos realizados e publicados nos últimos cinco anos. Foram identificados 26 instrumentos de avaliação da saúde. A Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage (GDS-15) aparece com maior frequência (21,56%) nos estudos, seguida pelo Mini Exame do Estado Mental (MEEM) (18,46%) e a Escala de Lawton & Brody (9,23%). Conclui-se que os instrumentos mais utilizados foram os que avaliam o estado neurológico, seguido daqueles que estabelecem o grau de dependência do idoso. Quanto à aplicabilidade, observou-se que as escalas são amplamente utilizadas na prática clínica e contribuem para o estabelecimento do diagnóstico e prognóstico em idosos, subsidiando a escolha adequada de intervenções e terapêuticas nesse grupo de pacientes.