Introdução: As doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morbimortalidade no mundo (29,2% da mortalidade). Além do impacto econômico causado pela patologia aos sistemas de saúde e ao próprio portador de hipertensão, indivíduos com HAS apresentam, com frequência, diminuição da capacidade funcional e da qualidade de vida. Estudos mostram que a prática de exercícios físicos regularmente tem como um dos benefícios evitar e controlar aumento da pressão arterial advinda com o envelhecimento. O questionário de qualidade de vida Short-Form 36 (SF-36) é uma medida amplamente utilizada para mensuração da QV relacionada à saúde. Objetivo: Caracterizar e mensurar a qualidade de vida de um grupo de mulheres portadoras de HAS antes e após um programa de hidroterapia. Metodologia: Este estudo foi realizado na Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), na cidade de Santa Cruz – RN. Indivíduos do gênero feminino com idade superior a 40 anos e com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica e em uso de medicação para seu controle, participantes do “Programa de Hidroterapia para Portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus” foram convidados a para participar da pesquisa. Inicialmente todos os participantes foram submetidos a avaliação sociodemográfica e antropométrica, realizaram prova de função pulmonar e força da musculatura respiratória, teste de caminhada de 6 minutos além da aplicação do questionário de qualidade de vida SF-36. Posteriormente os participantes iniciaram um programa de hidroterapia e foram reavaliados após 12 sessões. Os dados foram analisados através do software GraphPad Prism versão 5.0. A normalidade das variáveis foi testada através do teste de Shapiro-Wilk. A comparação entre os dois momentos do estudo (pré e pós-intervenção) foi realizada utilizando o teste t de student e as variáveis descritas em média e desvio padrão. O nível de significância estabelecido foi p < 0,05. Resultados: Foram recrutados para o estudo 14 indivíduos do gênero feminino. Oito sujeitos com idade média de 53,7 ± 7 anos aceitaram participar do estudo. O IMC médio foi de 32,4 ± 8,5 e a relação cintura/quadril média entre as participantes do estudo foi de 0,88 ± 0,04. Duas (25%) participantes relataram etilismo e três (37,5%) relataram tabagismo na avaliação inicial. Quando questionadas em relação a prática de exercício físico, 5 (62,5%) referiram sedentarismo ao início do programa de hidroterapia. Os valores encontrados durante a prova de função pulmonar encontravam-se abaixo do predito para a população do estudo. A média da distância percorrida das participantes do estudo no TC6 foi 405,3 ± 67 M (TC6 %pred = 81,4 ± 14,2). Não houve diferença estatística entre as oito variáveis avaliadas pelo questionário SF-36 quando comparados os períodos pré e pós o programa de hidroterapia (p > 0,05). Conclusão: Neste não foram encontradas diferenças na avaliação da QV em portadoras de HAS antes e após um programa de hidroterapia. Novos estudos considerando um maior intervalo entre as reavaliações devem ser realizados.