O envelhecimento populacional verificado nas últimas décadas no Brasil e no mundo é caracterizado, dentre outros fatores, pelo aumento do número de idosos nas cidades e pela demanda crescente dessa parcela da população por moradia. Diante desse quadro, as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) possuem extrema importância na elaboração de políticas públicas destinadas à pessoa idosa, na medida em que constituem moradias coletivas que, em muitos casos, estão voltadas para o atendimento de idosos marginalizados e/ou de baixa renda. Ao constituírem a casa do idoso, essas instituições devem permitir à pessoa idosa não somente o acesso aos seus ambientes, mas também a sua apropriação. Todavia, a normatização e a legislação vigentes, referentes à promoção da acessibilidade neste tipo de equipamento, contribuem para a criação desse vínculo indivíduo/meio? Aqui se instalada o objetivo geral deste estudo, que consiste em atentar para a disparidade existente entre a possibilidade de estabelecimento de laços afetivos entre a pessoa idosa e o ambiente da ILPI e a acessibilidade presente em normas e leis relacionadas a essas instituições. Assim, foi adotado o método da documentação indireta, para uma revisão bibliográfica acerca dos temas idosos, afetividade, acessibilidade e ILPIs. A partir, pois, da análise das principais normas e leis referentes à acessibilidade no ambiente da ILPI, foi evidenciado o caráter impessoal das soluções voltadas à moradia coletiva institucional no Brasil.