Nos últimos anos o Brasil vem passando por grandes e rápidas mudanças demográficas, justificadas pelo aumento da qualidade de vida da população e em consequência o seu envelhecimento. As doenças crônicas não-transmissíveis acabam gerando limitações nas Atividades de Vida Diárias do idoso e consequentemente, a necessidade de um cuidador, seja ele familiar ou não. O cuidador informal não possui formação em área de saúde, em algumas vezes ele possui experiência por meio do cuidado com outras pessoas doentes. Visou-se mostrar a importância que o empoderamento desse conhecimento pode acarretar no cuidado da pessoa idosa, proporcionando uma assistência qualificada e segura tanto para o idoso quanto para o cuidador. Trata-se de um recorte de uma pesquisa exploratória, descritiva com abordagem quantitativa. A escolha da amostra foi de forma aleatória, obedecendo aos critérios de inclusão, totalizando 55 cuidadores. A análise dos dados se deu por estatística descritiva simples a partir da tabulação dos dados na ferramenta da Microsoft Office Excel® e posterior cálculo da freqüência absoluta e relativa e discussão com base na literatura pertinente. A pesquisa obedeceu aos preceitos da ética vigente e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Lauro Wanderley sob o CAAE nº 34873614.0.0000.5183. O estudo teve como resultado 50 (91%) dos 55 entrevistados referiram ter conhecimento dos cuidados com os idosos em relação à sua patologia no domicílio. No tocante a escolaridade do cuidador 45,4% (25) dos entrevistados possuíam até nove anos de estudos, enquanto que 3,6% (2) possuíam mais de 15 anos. Diante disso, a falta de informações e de suporte para lidar com o cuidado ao idoso dependente tornam os cuidadores mais vulneráveis ao adoecimento. Apesar de o cuidado informal domiciliar promover a socialização da pessoa idosa e sua integração com a família, isso não exime o Sistema Único de Saúde (SUS) o seu papel de promoção, proteção e recuperação da saúde do idoso nos três níveis de gestão, oferecendo ao idoso e seu cuidador uma rede de serviços suficientes para assisti-los com qualidade. Embora esse estudo demonstre que os cuidadores possuem esse conhecimento, faz-se necessário a investigação de que cuidados eles se referiam e se estão praticando de maneira correta e segura para ambos os sujeitos dessa relação. Em virtude disso, a Estratégia de Saúde da Família torna-se uma importante ferramenta do SUS para ir ao encontro com esses cuidadores e oferta-los apoio técnico-assistencial.