O envelhecimento é um processo natural, caracterizado por mudanças biológicas, com a perda da massa muscular de forma progressiva, perdas gradativas de células, diminuição no metabolismo de sistemas e órgãos, assim como o aumento da massa adiposa. A geriatria é um público que passa por inúmeras alterações, além das fisiológicas, diante disso, a revisão sistemática teve por objetivo conhecer o estado nutricional e clínico dos idosos das principais cidades do Brasil. Foi realizada uma revisão bibliográfica detalhada sobre o estado nutricional de idosos, residentes em diferentes locais do país: regiões nordeste e sudeste do Brasil, além de outras pesquisas em cidades dos estados: Paraíba, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, nas bases de pesquisas Scielo, BVS, CAPES, Academic Onefile e Atheneu. As pesquisas foram feitas utilizando as seguintes palavras chaves: estado nutricional, antropometria e idosos, entre 2006 e 2013. Selecionou-se 30 artigos científicos e utilizados 13, os demais foram excluídos por não se encaixarem no tema estudado ou estarem desatualizados. Todos os resultados foram baseados nas recomendações da Organização Mundial de Saúde, utilizando idosos a partir de 60 anos de idade, com dados entre 2006 e 2013, dados mais recentes não foram encontrados e, por isso, a utilização destes. Segundo pesquisa realizada por Campos et al (2006), nas regiões Nordeste e Sudeste com 1519 idosos participantes, mostrou que 32,3% desta população estava em sobrepeso, 11,6% em obesidade. Segundo Leite-Cavalcanti (2009), no estudo realizado na Paraíba, com 117 idosos, identificou que 46,1% encontravam-se em sobrepeso e 40,2% em obesidade grau I. Silveira et al (2009), no Rio Grande do Sul, utilizando 596 idosos, identificou que 25,3% encontraram-se em obesidade e pelo menos 48% em sobrepeso.
Em Minas Gerais, Nascimento et al (2011), com 621 idosos, mostrou que 45% destes encontraram-se com excesso de peso. Para Lehn et al (2012), em sua pesquisa realizada em São Paulo, com 42 idosos onde 57,1% eram mulheres e 42,9% homens, e com excesso de peso estavam 41,7% e 22,3% em mulheres e homens, respectivamente. Uma pesquisa realizada por Carvalho et al (2009), utilizando 1592 idosos, em que 62,37% eram do sexo feminino, mostrou que pelo menos 53% encontram-se em risco cardiovascular, visto por meio da circunferência abdominal e 23% para os homens. A partir desses dados, observa-se um dado alarmante, em que grande parte da população idosa, encontra-se em sobrepeso, fazendo-se necessário, realização de intervenções que busquem a reversão desse quadro, por meio de alimentação saudável e prática de exercícios físicos. Com este estudo, pôde-se concluir que a população idosa encontra-se em um novo padrão antropométrico, o sobrepeso e que, são necessárias inúmeras mudanças no padrão de vida dessa população para que esse quadro retorne à eutrofia. É importante a realização de intervenções nutricionais para mostrar a importância da alimentação saudável, além da realização de exercícios físicos constantes.