Introdução: A tendência de envelhecimento da estrutura etária nacional gera preocupações inerentes aos idosos, devido doenças específicas deles. Uma dessas doenças é a Doença de Alzheimer (DA), a qual afeta características marcantes dos pacientes, como memória afetiva, liberdade de realizar afazeres comuns do cotidiano e capacidade de comunicação. Sabe-se pouco sobre prevenção e retardamento da progressão dos sintomas, mas há estudos que demonstram a atuação das estatinas em pacientes idosos com DA. Estatinas são medicamentos conhecidos por reduzirem os níveis de colesterol. Objetivo: Essa revisão objetiva apresentar o que se sabe a respeito da relação entre níveis de colesterol e DA, além de mostrar resultados vistos em estudos atuais e de questionar o quão importante pode ser o uso de estatinas nos pacientes com DA. Metodologia: Pesquisa bibliográfica sistemática com artigos e publicações na BVS, nas bases SciELO, Lilacs, Google Acadêmico. Para a realização dessa pesquisa foram utilizadas palavras-chave em inglês (statins, elderly, Alzheimer’s disease) e em português (idoso, estatinas, doença de Alzheimer). Foram selecionados 18 artigos, sendo 12 em inglês e 6 em português, todos publicados a partir de 2005. A quantidade de variáveis utilizadas nos artigos não foi um critério de avaliação da qualidade dos mesmos, mas sim o uso de estatinas como a principal forma de intervenção realizada nos sujeitos dos estudos. Resultados e Discussão: DA ocorre devido degeneração do córtex cerebral por componentes proteicos beta-amiloides (βA), as pequenas lesões causadas por essa proteína acumulam-se no processo normal de envelhecimento cerebral, mas na DA elas são muito mais presentes, caracterizando-se como causa da doença. O principal achado macroscópico da DA é atrofia cortical cerebral, que ocorre principalmente em áreas neocorticais associativas e temporais mesiais. Os sintomas de DA aparecem de modo insidioso e progressivo. Aos poucos, as alterações neurológicas da DA passam a interferir significativamente no cotidiano do indivíduo. Buscado reduzir a progressão dos sintomas e dos danos neurológicos inerentes à doença, a procura por alternativas de tratamento que produzam melhores resultados é constante. A relação entre níveis de colesterol total no sangue, uso de estatinas e cognição em idosos tem sido uma discussão importante na atualidade. As estatinas, que agem como redutoras dos níveis de colesterol, poderiam ser úteis na diminuição da velocidade de progressão da doença à medida que agissem. Sabe-se que as estatinas agem inibindo a síntese de colesterol e que os altos níveis de colesterol no sangue são considerados um fator de risco para a DA. Conclusões: Sobre o uso de estatinas, conclui-se então que a sua utilização na prevenção e no tratamento de DA pode ser fundamental para melhorar a qualidade de vida das pessoas mais idosas, pois os estudos mostram que há uma diminuição do risco de demência em pacientes tratados com essas medicações. Entretanto, é preciso realizar estudos mais aprofundados, com o objetivo de melhor esclarecer a ação das estatinas na patogênese da DA e de se ter mais segurança sobre o uso dessas drogas, para que o benefício da administração seja de fato maior que eventuais riscos adversos.