O ensino de línguas estrangeiras nas escolas públicas, em nível de ensino fundamental e médio, tende muitas vezes, a privilegiar os aspectos gramaticais (morfológicos e sintáticos), ao passo que, os aspectos culturais referentes às variantes da língua inglesa pelo mundo são itens aparentemente esquecidos. Essa negligência do ensino em relação às variações linguísticas traz intrinsecamente uma importante problemática: a de que “língua” e “cultura” no ensino regular parecem termos totalmente distintos e que aparentemente não possuem qualquer ligação. Neste contexto, o presente trabalho relata uma experiência da oficina “Inglês Americano X Inglês Britânico”, realizada por estudantes do Campus III da UEPB que integram o subprojeto de Língua Inglesa do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). A oficina foi aplicada em uma turma de 9º ano do Ensino Fundamental, supervisionada pela professora Risoleida Uchôa, no Centro Educacional Osmar de Aquino, (Guarabira – PB). Nosso objetivo é mostrar a possibilidade de se trabalhar língua e cultura nas aulas de inglês. Para o desenvolvimento desta oficina foram necessárias quatro horas/aula. Primeiramente, nos apresentamos e questionamos aos alunos o que eles conheciam sobre Estados Unidos e Reino Unido. Logo após, aplicamos um questionário para apurarmos os conhecimentos prévios dos alunos acerca dos aspectos culturais referentes a estes países, em seguida, apresentamos um vídeo, o qual mostrava as principais diferenças em relação ao vocabulário nas variedades americana e britânica da língua inglesa. Após o vídeo, exibimos uma apresentação de slides contendo alguns dos aspectos culturais mais relevantes dos Estados Unidos da América e do Reino Unido, desde suas localizações geográficas à cultura pop contemporânea. Na segunda semana de atividades, dividimos a turma e os pesquisadores PIBID em dois grandes grupos: Inglês Americano e Inglês Britânico, e distribuímos uma lista de imagens com seus referentes nas variedades trabalhadas, onde um pesquisador de cada grupo pronunciava a palavra na variedade correspondente ao seu grupo, e em seguida, a palavra era repetida pelos alunos. A oficina obteve resultados satisfatórios referentes a esta abordagem.