Esta comunicação apresenta um debate conceitual da colonialidade digital na contemporaneidade, o racismo algorítmico e suas reverberações na educação. As tecnologias digitais passam por constantes transformações, e assim também se estabelecem novos padrões de colonialidade. A colonialidade digital, baseia-se na dominação e extração de dados, na padronização comportamental ditada pelos algoritmos, que seguem como instrumentos de dominação, manipulação ideológica, cultural, economia e social. Na lógica da colonialidade contemporânea, os algoritmos são códigos comandados pela inteligência artificial (IA), não neutros, e são mecanismos que impulsionam ideologias antidemocráticas, discriminatórias e racistas. Com intenção definida de explorar e inviabilizar grupos sociais, histórias e culturas a fim de sobrepor e segregar. Nesse sentido, os processos educativos têm colocado as tecnologias digitais como elementos de desenvolvimento e possibilidades educativas, contribuindo para a ampliação de conhecimento. Todavia, em contrapartida, a tecnologia tem favorecido processos de manipulação e controle ideológico, e assim apontamos para a necessidade de questionarmos o seu uso e a importância de caminhar rumo a descolonização da tecnologia e do olhar. A pesquisa apresenta uma revisão bibliográfica sobre conceito de colonialidade digital e seus tentáculos, pautados nos padrões de racismo algorítmico e seus impactos na educação. Por fim, refletir como a educação antirracista pode construir práticas pedagógicas contra hegemônicas de decolonização do olhar. A educação estar permeada em sua prática com uso de recursos digitais, como uso de plataformas (AVA, MOODLE, VEDUCA, COURSERA), redes sociais, aplicativos que auxiliam no processo educacional. Contudo, ressalta-se que não está imune ao racismo algorítmico. Assim, os estudos e proposições pautados na educação antirracista são caminhos importante para delinear processos educativos coadunados ao letramento digital e racial.