O Transtorno do Espectro Autista é considerado um transtorno do neurodesenvolvimento, ou seja, um grupo de condições que têm sua origem no período gestacional ou na infância, que podem acarretar prejuízos no funcionamento pessoal, social, acadêmico ou profissional. Além disso, estudos comprovaram que grande parte dos autistas possuem alterações sensoriais possuindo uma forma particular de processar as sensações ou não modulando corretamente essas sensações. Podendo levar a dificuldades na regulação emocional, na interação social e no desempenho funcional. As observações e vivências descritas neste artigo têm como objetivo geral sugestionar o professor na construção de práticas pedagógicas que aproximem a teoria e a realidade escolar no manejo com criança autista da educação infantil. Como objetivo específico apontamos: indicar a construção de algumas vivências que podem ser utilizadas pelos professores para o desenvolvimento integral desses alunos; discutir a importância da formação continuada entre professores que lidam com crianças autistas; apresentar um relato de experiência seguido de uma sequência didática a fim de contribuir com a prática pedagógica dos professores dessa etapa da educação. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, que teve como lócus uma creche da rede municipal de ensino de Campina Grande (PB) e como sujeito um aluno autista de 2 anos. O referencial teórico utilizado foi Almeida (2020); Cunha (2015); Octávio (2019); Lopes (2021); Momo (2011). O trabalho realizado na creche mostrou que a estimulação sensorial é uma ferramenta poderosa no desenvolvimento das crianças com TEA na Educação Infantil, promovendo a regulação sensorial, o desenvolvimento das habilidades motoras e de comunicação, bem como a melhora do comportamento e da qualidade de vida. Como resultado desse estudo desenvolvemos uma sequência didática a fim de sugerir vivências que estimulem os diversos sentidos das crianças autistas.