A escola deve ser um lugar de acolhimento e as estatísticas demonstram que essa não é nossa realidade com as mulheres, meninas e estudantes LGBTQIAPN+, trabalhar gênero na escola é uma forma de minimizar a discriminação que ainda acontece em nossa realidade. O fenômeno que lidamos diariamente na educação brasileira e cearense é o de apagamento das questões de gênero e sexualidade, na busca de uma homogeneização na qual os e as estudantes não demonstrem suas identidades, como se elas não fizessem parte do seu processo de desenvolvimento e aprendizagem, até mesmo do processo de socialização na escola. Nesse contexto, os objetivos deste trabalho estão inseridos na busca por dirimir as violências de gênero na escola e atuar para um maior desenvolvimento dos estudos sobre gênero e sexualidade para o ensino e para a formação cidadã. Como as escolas estão lidando com os tensionamentos relacionados às violências de gênero? Buscaremos investigar se as escolas públicas cearenses se abrem a esse debate, se estão preparadas para enfrentar esse tipo de violência, como os diversos tensionamentos na sociedade se relacionam às violências de gênero na escola, quais os sujeitos envolvidos e como emergem as discussões sobre as violências de gênero na escola. Analisaremos também o trabalho das Comissões de proteção e prevenção à violência contra crianças e adolescentes (Legislação estadual), para verificar se estão atentas às violências de gênero nas escolas.