O ensino de Astronomia exige conhecimentos e saberes docentes que facilitam e asseguram o processo de ensino e aprendizagem. Entretanto, diversas pesquisas na área apontam para lacunas na formação inicial de docentes que, segundo documentos governamentais, necessitam de uma formação adequada em Astronomia. Para reverter este cenário, alguns pesquisadores alegam que episódios formativos de caráter pontual, também conhecido como formação continuada, apresentam meios eficazes para reintegrar os conhecimentos ausentes e/ou equivocados. Sob essas condições, é pertinente explorar as possibilidades de o Projeto Eratóstenes Brasil atuar como uma iniciativa educacional que promova a construção da autonomia docente, especialmente no que se refere ao ensino de Astronomia. Em meio a esses apontamentos, surgiu o seguinte questionamento: Quais são as perspectivas educacionais em relação ao desenvolvimento da autonomia docente no âmbito do Projeto Eratóstenes Brasil? Com o objetivo de analisar os fatores que permeiam o processo de desenvolvimento da autonomia docente, este trabalho, parte de uma pesquisa que está em desenvolvimento, analisa o histórico do Projeto Eratóstenes e as atividades desenvolvidas ao longo dos anos. Como resultado, obtivemos indicadores que reforçam os argumentais a favor das atividades desenvolvidas no Projeto Eratóstenes Brasil, visto que elas viabilizam a superação das irregularidades provenientes da formação inicial inadequada, especialmente aquelas relacionadas à autonomia profissional.