Pierre Bourdieu versa a respeito da biologização social, que consiste na naturalização de determinados comportamentos socialmente construídos de acordo com o gênero biológico. Por conseguinte, há uma parcela da sociedade que não se identifica com as imposições sociais que lhe foram designadas ao nascer, identificando-se com o gênero oposto, ou com o neutro, assim, desviando dos padrões cisnormativos e sofrendo opressões por isso. Diante disso, tem como objetivo geral: Analisar os desafios da inclusão de adolescentes transgênero na educação básica. E como objetivos específicos foram definidos: Apontar as violências e violações de direitos sofridas por esses sujeitos, elencando os diferentes tipos de violência; Identificar como as escolas exercem o biopoder sobre os corpos de adolescentes transgênero, visando salientar o controle, regulação e normatização de corpos e identidades pela instituição educacional; e Destacar os dados levantados em pesquisas anteriores sobre a evasão escolar de adolescentes transgênero, fornecendo uma base empírica para análise. Portanto, para a elaboração do estudo, utilizou-se pesquisa qualitativa de natureza bibliográfica e caráter descritivo, utilizando bases de dados como o Scientific Library Online (SciELO) e Google acadêmico para a seleção dos artigos estudados por meio dos descritores: “Adolescentes”, “Transgênero”, “Escolas”, “Biopoder”, “Violências”, “Evasão Escolar”. Em baile, esclarece-se a questão do gênero e transexualidade pela visão de Butler e Scott, trazendo um paralelo para a relação de gênero e transexualidade, e é feita uma análise do biopoder nas escolas para adentrarmos na análise de como esses fatores contribuem direta e indiretamente à problemática abordada. Conclui-se, a partir disso, a maneira com que os padrões sociais patriarcais formalizam, através de seus costumes cisheteronormativos, a exclusão da população transgênero dos ambientes sociais, destacando o problema de evasão e abandono escolar.