O relato de experiência aborda a persistência do machismo na sociedade brasileira e seus impactos na divisão desigual de responsabilidades parentais no contexto escolar, especialmente no contexto da educação básica de crianças com deficiência. Através de uma análise qualitativa, evidencia-se a sobrecarga enfrentada por mulheres que assumem sozinhas os cuidados de seus filhos, refletindo não apenas uma divisão desigual de tarefas, mas também um desequilíbrio no suporte necessário para o desenvolvimento das crianças. A partir de um caso vivenciado durante um estágio em uma escola privada, onde a mãe de uma criança com deficiência era a única responsável por participar das atividades pedagógicas, são discutidas as dinâmicas de exclusão de gênero presentes na sociedade e nas instituições escolares. Nos resultados, destaca-se a importância de reconhecer e enfrentar essas estruturas patriarcais, promovendo práticas que valorizem a igualdade de gênero e o compartilhamento equitativo de responsabilidades entre homens e mulheres. Além disso, ressalta-se a necessidade de oferecer suporte emocional às famílias, especialmente em situações complexas, como a vivenciada pela mãe da criança com deficiência, e de ouvir e compreender as experiências das mulheres que enfrentam esses desafios. Concluindo, somente através do reconhecimento e da desconstrução do machismo é possível construir uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos compartilham responsabilidades e cuidados de forma equitativa.