A história da educação brasileira é contadada essencialmente sob a perspectiva colonial, e centrada em uma história única, a história do colonizador, europeu. Pensar em decolonialidade, a partir de uma perspectiva pós crítica da educação, é sobretudo pensar na contação de uma história que foi omitida dos livros, mas se manifestou na cultura e na educação popular. A centralidade da escola na construção dos saberes precisa resgatar suas raizes populares, e a Educação Escolar do Campo, a Educação Escolar Quilombola, e a Educação escolar Indígena, têm muito a contribuir para a construção de um novo panorama afroamericopindorámico dos saberes onde os espaços de construção dos saberes se constituem de forma circular, horizontal, com uma escuta ativa, e com a centralidade no ser, enquanto integrado ao meio ambiente. Para pensar a educação para um novo decênio, é indispensável refletir sobre o papel das universidades na formação inicial e continuada dos profissionais para a diversidade e para a perspectiva das relções etnico raciais a partir de um currículo afrocentrado, multicultural, inclusivo, resgatando a importância do sentir em conexão com o pensar e agir, em um processo de aprendizagem construído em um espaço tempo do agora para um futuro ancentral, pluriversal.